O que está por trás da
criminalização da cantada masculina.
(Mulheres e homens têm
sensibilidades diferentes, mas não serão leis ou faniquitos midiáticos que
mudarão isso.)
A polêmica da semana na FANIQUITOSFERA feminista é por causa
da carta assinada pela francesa Catherine Deneuve e por outras 100 atrizes em
favor do direito dos homens cantarem as mulheres.
Quem conhece um pouquinho da história e das ideias
socialistas sabe que nos grupos, movimentos e partidos de esquerda não existe
uma única gota de preocupação com o bem-estar das pessoas. Existe apenas a
obsessão em submeter todas as relações privadas ao estado.
O esforço em criminalizar a cantada masculina é um claro
exemplo disso.
A estratégia passo a passo:
1 – Destacam casos extremos de assédio como se eles
predominassem em nosso cotidiano.
2 – Fundem todos os incontáveis tipos de assédio num único
tipo de agressão, violenta ou humilhante, onde todas as mulheres ficam
traumatizadas para sempre.
3 – Tentam consolidar bordões do tipo “pelo fim da cultura
do estupro” como se vivêssemos numa sociedade em que o estupro é aceito, como
em certos países árabes.
4 – Por meio de matérias na imprensa e declarações de
artistas, forjam um drama nacional que de fato não existe.
5 – Cobram do governo medidas contra a “cultura do estupro”.
6 – Parlamentares da esquerda apresentam projetos de lei de
regulação do assédio e por pressão da imprensa e do meio artístico são
aprovados.
7 – A esquerda ganha uma nova arma contra seus opositores:
todo homem que for acusado de assédio, além de ser linchado pela imprensa,
pelos artistas e demais grupos socialistas, sofrerá punições judiciais.
Com isso, a obsessão socialista pelo controle terá
conseguido destruir a liberdade de homens e mulheres se relacionarem a partir
de seus próprios julgamentos e decisões, impondo a força da lei sobre o desejo
sexual masculino e enquadrando a mulher como propriedade do estado, já que será
ele avaliará o que é bom ou ruim para ela até no ambiente social.
Uma pergunta: por que o movimento feminista e demais grupos
de esquerda não fazem campanha para que as mulheres aprendam a se defender dos
molestadores e cobrem do governo toda liberdade para isso?
Respondo: porque o movimento socialista não quer uma
sociedade de indivíduos autônomos e que reajam à agressões. O movimento
socialista quer uma sociedade covarde, desarmada e dependente do governo. O
contrário disto é uma sociedade com poder para se voltar contra governos
corruptos e tiranos, que não admite restrições à liberdade e agressões à
propriedade privada. Por isso a esquerda é contra o porte de armas. Por isso a
esquerda odeia os Estados Unidos.
O machismo é a ideia de que a mulher deve se sujeitar ao
homem.
O socialismo é a ideia de que a mulher e o homem devem se
sujeitar ao estado.
Sim, muitos homens cometem abusos contra mulheres, mas
grande maioria só o faz porque confiam que elas não reagirão.
Para ilustrar essa questão, recomendo o filme Cairo 678, que
retrata o caso de três mulheres vítimas de assédio sexual na capital do Egito.
Uma delas recorreu à política para tentar conter a cultura do estupro que, em
grande parte do mundo muçulmano, é uma realidade. A outra tentou recorrer à
família. Nenhuma delas obteve sucesso.
Quem conseguiu reverter a situação foi a mulher mais pobre
que resolveu apunhalar os homens que se esfregavam nela nos ônibus. Os casos
foram repercutidos pela imprensa, motivando outras mulheres a fazer o mesmo.
Resultado: os assédios acabaram porque os homens passaram a
temer a reação das mulheres.
Isso sim seria um “empoderamento” legítimo, bem diferente
dos faniquitos diários das feministas que se dedicam a pedir que o governo
regule as relações entre homens e mulheres.
Existem mil formas de assédio. Cada mulher reage de maneira
diferente a cada uma delas. Algumas gostam de ser assediadas. Outras não.
Alguns homens puxam as mulheres pelos braços nas festas e se esfregam nelas nos
ônibus. A grande maioria não. Ou seja: estão tentando criminalizar todos os
homens e fazendo-os pagar pelos atos de uma pequena minoria para consolidar a
narrativa de que “todo homem é um potencial estuprador”.
O fato é que homens são apenas criaturas rudes. Não sabem o
que cada mulher quer ouvir e se ela está ou não receptiva a uma investida mais
direta. Por isto, muitas vezes falam besteira e agem de forma inadequada.
Mulheres e homens têm sensibilidades diferentes, mas não
serão leis ou faniquitos midiáticos que mudarão isso.
A generalização do assédio, convertendo todos os casos em
“crimes contra a mulher”, não é apenas uma forma de concentrar ainda mais poder
no estado, mas também de retirar das relações humanas uma de suas
características: o esforço diário dos homens em atrair a atenção das mulheres.
Outra pergunta: quantas mulheres querem viver num mundo onde
homens tenham medo de manifestar interesse por elas? Creio que poucas. A grande
maioria quer apenas que eles se expressem melhor e se comportem de maneira
adequada. Então, em vez de repercutir os faniquitos da minoria, as mulheres
devem criar formas de serem respeitadas e de reagir às agressões.
Espero que todas as mulheres reajam com firmeza contra todos
que julgarem inconvenientes e agressivos, mas que jamais concedam ao estado o
poder de legislar as relações entre elas e os homens porque será o fim da frase
que parte delas adora repetir: “meu corpo, minhas regras”.
Tens suas regras? Ok. Faça você mesma com que os homens as
cumpram.
(João
César de Melo - 11/01/2018 )
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