segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

BANALIZAÇÃO DO MAL

BANALIZAÇÃO DO MAL
"Às vezes, quando vou dar aula sobre Ética, pergunto: "O Nazismo foi um mal?". Por incrível que pareça, as pessoas ficam em dúvida. Uns respondem: "Não para os nazistas". Outros fortalecem essa opinião: "Dentro da cultura deles, não". Torno a perguntar: "O Nazismo foi um mal?". De modo geral, os alunos permanecem na dúvida. Sabe como se conceitua essa dúvida em termos morais? Niilismo. Sim, niilismo. É o vazio, a indiferença, o relativismo na sua forma mais vil. É a incapacidade de estabelecer um valor que esteja para além das circunstâncias históricas. O ser humano contemporâneo tem perdido a capacidade de identificar o mal até mesmo nas suas manifestações mais brutais. A maldade se torna algo relativo. Hanna Arendt denominou isso de "banalização do mal". Concordo com ela. Um exemplo claro da atualidade, é a Bolívia e Venezuela, onde as pessoas tem sofrido e amargado sua existência com sofrimentos que violam brutalmente a dignidade humana. No entanto, é grande a insensatez e descanso diante de tal realidade trágica!"
(Sergio Adriano Bach)

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