quarta-feira, 15 de novembro de 2017

COISA DE PRETO

COISA DE PRETO
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Isso é coisa de preto
Só preto mesmo pra fazer isso
Ganhar destaque vindo dos guetos
Vencendo apesar do Estado omisso
E ao ver os portões fechados
Como barreiras para o aprendizado
Invadir os templos do ensino
Sendo levado nos corredores
Na cabeça e mãos dos professores
Como autor dos vários livros.
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Isso é coisa de preto
Só preto pra fazer uma coisa dessas
Conviver há séculos com o preconceito
Podendo andar sem abaixar a cabeça
E virar referência nas artes literária,
Cênicas, plásticas e na culinária
E em tudo o que exige talento
E despertar a análise crítica
Através das matérias jornalísticas
Como difusor do pensamento.
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Isso é coisa de preto
Tinha que ser preto mesmo
Para estar no mundo desde o começo
Sendo da humanidade o berço
Tendo superado os séculos
Mantendo o mesmo aspecto
De quando vivíamos irmanados
E tinha que ser coisa de branco
Não admitir de modo franco
Que somos pretos clareados.
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Eduardo de Paula Barreto
11/11/2017
www.acrosticos.site.com.br

DECÁLOGO DE ABRAHAM LINCOLN (1809-1865)


DECÁLOGO DE ABRAHAM LINCOLN (1809-1865)
1. Você não pode criar prosperidade desencorajando a iniciativa individual.
2. Você não pode fortalecer o fraco enfraquecendo o forte.
3. Você não pode ajudar os pequenos, esmagando grande.
4. Você não pode ajudar os pobres, destruindo os ricos.
5. Você não pode elevar o assalariado, pressionando quem paga o salário.
6. Você não pode resolver os seus problemas enquanto gasta mais do que ganha.
7. Você não pode promover a fraternidade da humanidade, reconhecendo e incentivando o ódio de classe.
8. Você não pode garantir a segurança adequada com dinheiro emprestado.
9. Você não pode construir o caráter e o valor de um homem tirando-lhe a independência, a liberdade e a iniciativa.
10. Você não pode ajudar os homens permanentemente fazendo o que eles podem e devem fazer por si mesmos.

O Nazismo é de Direita ou de Esquerda


Crédito da imagem: http://inacreditavel.com.br/wp/fundamentos-economicos-do-nacional-socialismo/

“Por isso existe essa eterna discussão sobre se ele [o nazismo] é de direita ou de esquerda. Muito mais produtivo seria se nós o compreendêssemos de maneira livre e sem colocá-lo a todo momento em gavetas à direita e à esquerda.”

"Creio ser importante uma consideração com relação a parte do texto em que chamo o nazismo de "direita".
Longe de querer entrar no debate sobre se o "nazismo é direita ou esquerda", mas algumas coisas devem ser esclarecidas.
O Nacional Socialismo assumiu durante sua existência uma característica amorfa frente aos espectros políticos bem determinados, como o fascismo e o comunismo, direita e esquerda.
O fascismo buscava uma espécie de retroação social e um regicismo moral na intenção de um inflar um apreço extremo pelo nacionalismo e superproteção econômica; o comunismo, por sua vez, possuía características mais internacionalistas, a moral era considerada algo da burguesia (superestrutura) e a economia era estatista (semelhante, por vezes, com o protecionismo acima mencionado).
O Nazismo teve características de ambos os lados, foi nacionalista, mas por vezes queria dominar todos os países possíveis numa espécie de impulso internacionalista; por vezes estatizou tudo, por vezes usou de métodos agressivos de industrialização em massa; por vezes se declarou abertamente contra o comunismo, por vezes se disse marxista; por vezes tinha o impulso progressista em seu modus operandi, por vezes um reacionarismo baseado no mito ariano.
A conclusão a que eu chego, e aqui ninguém precisa concordar comigo, é que o nazismo assumiu formas políticas que perpassavam ambos os espectros políticos pré-determinados.
Por isso existe essa eterna discussão sobre se ele é de direita ou de esquerda. Muito mais produtivo seria se nós o compreendêssemos de maneira livre e sem colocá-lo a todo momento em gavetas à direita e à esquerda.
Mas no texto em questão, a Polônia foi invadida por Nazistas e Soviéticos, e naquele momento o nazismo era o opositor militar da URSS, a invasão da Polônia era estratégico no terreno geográfico da guerra. Naquele momento o opositor do comunismo, com alianças com o fascismo de Mussolini, por exemplo, era a Alemanha nazista.
Então naquele terreno no qual a Polônia invadida se insere (e é justamente a parte contestada de meu texto), a Alemanha fazia as vezes da extrema-direita contra a extrema-esquerda.
Eu sempre me inseri nesse debate de maneira ponderada pelos motivos que acima expus.
O Nazismo não é como o comunismo russo, nem como o governo de Pinochet, governos em que conseguimos erigir dois modelos exatos de Estados tirânicos de direita e de esquerda.
O Nazismo é um caso à parte de mistura de mitologização ariana, um caráter revolucionário e reacionário, estratégias econômicas variadas, e um Estado que se aliava ora com fascistas, ora com o comunismo russo -- como no Pacto Molotov-Ribbentrop. Vladimir Tismăneanu, em "Do comunismo", faz essa relação mostrando como o stalinismo era por ora mais parecido com o fascismo do que com o comunismo, e como o nazismo atuava por vezes como os comunistas. Vladimir Tismăneanu chega a afirmar que eles são "gêmeos totalitários".
Enfim, esse debate vai muito além e ele resiste às simplificações, é muito mais complicado que a mera tachação aleatória.
Entretanto, reafirmo, no texto [Jornalista Militante + Desconhecimento Histórico] eu escrevi no sentido puro e simples de oposição militar em que a Polônia, como vítima de ambas as tiranias, ali se inseria.
Naquela configuração o nazismo fazia as vezes da "extrema-direita" contra a esquerda soviética. Isso é fato histórico, não opinião!"

(Pedro Henrique)

domingo, 5 de novembro de 2017

O colossal fracasso do socialismo


O colossal fracasso do socialismo

Alexandre B. Cunha
O socialismo é frequentemente apresentado como uma maneira viável de se organizar econômica e politicamente uma sociedade. Isso é um sério equívoco, pois esse regime somente produziu pobreza e opressão em todos os países em que foi implantado. Discute-se neste texto a esmagadora evidência de que o sistema em questão é, pura e simplesmente, um desastre.
Quando a II Guerra Mundial teve início em 1939, a União Soviética e a Mongólia eram as duas únicas nações socialistas no mundo. No final da década de 1970, a situação era bem diferente. A China e todos os países da Europa Oriental faziam parte do grupo socialista; Afeganistão, Angola, Benin, Camboja, Congo, Coréia do Norte, Cuba, Etiópia, Iêmen do Sul, Laos, Moçambique, Somália e Vietnã também haviam seguido o mesmo caminho. Desta forma, vinte e quatro países estavam organizados de acordo com as prescrições marxista-leninistas. Esse número seria ainda maior caso se levasse em conta que a Tchecoslováquia se desmembrou em duas nações, ao passo que a felizmente extinta URSS foi sucedida por quinze países independentes.
Definitivamente, não faltaram oportunidades para que a esquerda radical tivesse sucesso em criar o tão prometido ‘paraíso igualitário’. Contudo, o marxismo-leninismo fracassou em todos os locais. Dos vinte e quatro países identificados no parágrafo anterior, somente China, Coréia do Norte, Cuba, Laos e Vietnã ainda se declaram socialistas. De fato, cada uma dessas nações ainda possui o governo de partido único, o que é uma das características centrais de um estado marxista-leninista. Todavia, a partir da década de 1980, a China implantou diversas reformas que fizeram com que ela passasse a operar sob um regime econômico que por vezes é denominado de capitalismo de estado. Fenômeno similar ocorreu no Vietnã. Assim sendo, somente Cuba, Coréia do Norte e Laos ainda seguem a ortodoxia socialista.
Permita-me, prezado leitor, realçar em negrito os pontos centrais deste post: dos vinte e quatro países que eram socialistas em 1980, somente três ainda o são na presente data. Isto é, vinte e uma de vinte e quatro nações abandonaram a trágica estrada que deveria conduzi-las ao ‘paraíso’ marxista-leninista. E as três que não o fizeram são caracterizadas pela pobreza e pela opressão. Sejamos claros: isso é um fracasso colossal.
Não satisfeita, a esquerda radical resolveu se embaraçar ainda mais. Para tanto, ela repetiu o experimento socialista na Venezuela, o único país a ingressar no ‘clube’ desde a queda do Muro de Berlim. Evidentemente, o resultado foi mais um desastre. Apesar do socialismo ainda não estar plenamente implantado na Venezuela (pois lá ainda há propriedade privada e partidos de oposição), o país já está em uma situação de completo desarranjo.
Quando confrontado com esses fatos, o típico militante esquerdista frequentemente tenta atribuir o colapso de cada país socialista a algum problema que não seja diretamente relacionado ao socialismo. Por exemplo, ele faz afirmativas como “os países da Europa Oriental saíram arrasados da II Guerra”, “a crise venezuelana foi causada pela queda do preço do petróleo” e “Cuba é uma pequena ilha próxima a uma potência hostil”. O problema é que a Alemanha Ocidental também saiu arrasada da II Guerraoutros países produtores de petróleo não estão em crise; Taiwan, que é um dos países mais ricos do mundo, também é uma pequena ilha próxima a uma potência hostil. Ou seja, as desculpas em questão não se sustentam.
Em síntese, os esquerdistas agem como se eles tivessem uma poção mágica, chamada socialismo, capaz de resolver todos os problemas do mundo. Contudo, esse produto já foi “testado” em diversas ocasiões. Invariavelmente, a sua aplicação somente gerou miséria e tirania. E não existe motivo para se assumir que o resultado será diferente se houver outra tentativa.
http://www.odireitista.com/o-colossal-fracasso-do-socialismo/