quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
SOBRE O FALSO SENTIMENTO DE COMPAIXÃO PELOS POBRES
Um amigo me perguntou: "Mas, afinal, qual a diferença entre o PT e os outros partidos?" Respondi assim:
1) Ao contrário da maioria dos meus amigos e conhecidos que ficaram decepcionados e indignados quando começaram a vir à tona os primeiros podres do governo lulopetista, não fiquei nem uma coisa, nem outra, porque já estava cansado de saber, por estudo e observação própria, que a esquerda não democrática É, SEMPRE FOI, NUNCA DEIXARÁ DE SER P-A-T-R-I-M-O-N-I-A-L-I-S-T-A: aqui, em Cuba, na antiga União Soviética e nos seus satélites do Leste europeu, na China, na Venezuela, enfim, em qualquer lugar do mundo seja qual for a época. E, se alguém ainda nutria dúvidas sobre isso, foi porque nunca se deu o trabalho de perceber quais os países que a petralhada sempre teve como modelos.
2) O lulopetismo inventou o patrimonialismo? Claro que não, assim como Ayrton Senna não foi o inventor do automobilismo... Aliás, patrimonialista (i. e., predadora dos recursos públicos para engordar o patrimônio pessoal ou familiar) é toda a nossa cultura política. Patrimonialismo significa sempre e necessariamente atraso e miséria? Não, o patrimonialismo apresenta versões modernizadoras (Marquês de Pombal, em Portugal; Getúlio Vargas e regime militar no Brasil; Pedro, o Grande na Rússia etc., etc., etc.). Agora, corrupto, sempre; base de um regime político e econômico em que o Estado é mais forte que a sociedade, fazendo da segunda refém do primeiro, sempre também.
3) TODOS OS PARTIDOS POLÍTICOS BRASILEIROS SÃO PATRIMONIALISTAS, porque patrimonialista é essa matriz socioeconômica e política comum a cada um deles. Mas, então, em que o lulopetismo se distingue deles? Tentarei esclarecer: os outros partidos que formam a 'base parlamentar aliada' de qualquer governo agem como quadrilhas relativamente independentes (é o grupo do deputado X na previdência, é a panelinha do senador Y no setor elétrico, é o 'esquema' do ministro ou governador Z nesta ou naquela estatal... Enfim, cada quadrilha roubando para enriquecer os clãs familiares e políticos encastelados nas cúpulas dos diferentes partidos, mas que, em razão desse mesmo caráter descentralizado da roubalheira, jamais teve força suficiente, muito menos projeto consistente, para substituir o regime democrático (com todos os defeitos e limitações deste) por um sistema mais monopolizador do poder, de tipo ostensivo (regimes de partido único, a exemplo de Cuba, URSS etc) ou disfarçado (como os governos do PRI mexicano durante sete décadas a fio -- uma única legenda com efetivo controle das alavancas do poder [na mão direita, o Diário Oficial; na esquerda, os sindicatos e movimentos sociais corrompidos e domesticados ], em torno da qual gravitam partidecos sustentamos pelas migalhas caídas da mesa do banquete da sigla hegemônica).
4) O lulopetismo foi o único a atrever-se a um projeto centralizado, tentacular, onipresente de corrupção a serviço da eternização no poder. Nas condições atuais do mundo e do Brasil, o modelo mais viável não seria o despotismo de partido único, mas sim o hegemonismo à la PRI mexicano.
Entendem a diferença? Para os outros clãs partidários e eleitorais, a corrupção era/é um fim em si; para o PT, um meio de eternizar-se no poder.
5) Liberais no Ministério da Fazenda, conforme o script esboçado na Carta ao Povo Brasileira (que prefiro chamar de documento sossega-banqueiro) que Lula divulgou em plena campanha de 2002, com texto de Antonio Palocci. Lembrar que, naquele momento, a tensão pré-eleitoral estava nas alturas, com o dólar encostando em 4 reais, justamente pelo temor do mercado de que Lula e PT, se/quando chegassem ao poder cumpririam tudo aquilo que prometiam desde a fundação do partido, isto é, a implantação de um regime socialista à la Cuba, ou Angola, ou qualquer outro modelo acalentado por amantes do totalitarismo como Zé Dirceu. Por isso, depois de ganhar aquela primeira eleição, a política econômica do primeiro mandato de Lula seria impecavelmente ortodoxa, fincada no tripé câmbio flutuante, metas inflacionárias e responsabilidade fiscal. Atribuo a manutenção do Meirelles durante oito anos à frente do Banco Central como fruto da superior compreensão do ex-pobre Lula de que as maiores vítimas da inflação são os pobres, que, ao contrário das classes média e alta, não podem se refugiar em aplicações financeiras indexadas; para o assalariado ou biscateiro pobre, num contexto de inflação alta, o dinheiro vira pó assim que é recebido...
6) No fundo, os lulopetistas jamais se converteram à economia de mercado, permanecendo fiéis ao besteirol intervencionista e estatizante que nem ao menos chega ser original, já que herdado das ditaduras estado-novista e militar. O disfarce liberal ortodoxo da política econômica do primeiro mandato não tardaria a ser abandonado, sob o estímulo de três fatores conjunturais: a maré de prosperidade ensejada pelo boom internacional dos preços das commodities agropecuárias e minerais; o advento da Grande Recessão mundial em 2008/2009, que reanimou as velhas e nunca preenchidas expectativas da esquerda de um colapso planetário e final do capitalismo; e a descoberta do pré-sal, que, na cabecinha dessa gente, soou como senha para mandar às favas a responsabilidade fiscal e todo aquele receituário econômico 'de direita'. E vamos enfiar cada vez mais grana no rabo de Joesleys e Eikes, que aventureiros como eles eram os grandes financiadores das campanhas do PT, além de fontes aparentemente inesgotáveis de propina. A esse trinômio, eu acrescentaria uma quarta eventualidade decisiva para compreender a regressão da política econômica na passagem do 1º para o 2º mandato de Lula: a derrocada do Palocci com o escândalo caseiro-gate. Ele era um dos únicos da cúpula lulopetista a compreender a superioridade infinita da economia de mercado sobre todos os modelos alternativos e, se tivesse a coragem e a lucidez de livrar-se do abraço sedutor, paralisante e delinquente do patrimonialismo, estaria em condições de liderar a transição do PT do socialismo populista, atrasado, para-bolivariano etc., rumo à socialdemocracia moderna, respeitadora das cláusulas pétreas da economia de mercado e do regime representativo.
Quem quiser saber mais, deve ler, do meu mestre e amigo ANTONIO PAIM, um dos maiores pensadores brasileiros vivos: Momentos Decisivos da História do Brasil; Marxismo e Descendência; O Liberalismo Contemporâneo (3ª edição); A Querela do Estatismo (2ª edição) e O Relativo Atraso Brasileiro e sua Difícil Superação; do saudoso diplomata, humanista e psicólogo junguiano José Osvaldo de Meira Penna: Em Berço Esplêndido e O Dinossauro; e, do historiador das ideias Ricardo Vélez Rodríguez (o mais brilhante discípulo de Antônio Paim): A Grande Mentira.
Um última observação sobre POPULISMO e PATRIMONIALISMO: nem todo patrimonialismo é populista, mas todo populismo é patrimonialista. Demagogos inescrupulosos como Lula exploram as fragilidades intelectuais e a imaturidade cívica de culturas políticas como a nossa, nas quais o entroncamento da herança contra-reformista ibérica com o positivismo de cunho religioso (ração ideológica da qual se fartaram o pensamento militar republicano e o caudilhismo gaúcho de Júlio de Castilhos, Borges de Medeiros, Getúlio Vargas e Leonel Brizola) e o marxismo mais rastaquera formaram o caldo de cultura do coitadismo mais nocivo. Esses falsos messias sabem que, no Brasil e em Nuestra América de maneira geral, basta afetar e exibir esse falso sentimento de compaixão pelos pobres para receber de amplas parcelas da opinião pública, a começar pelos estamentos intelectuais e artísticos um amplo salvo conduto para saquear o erário é enriquecer à custa do suor do contribuinte."
By Paulo Kramer, cientista políticohttps://www.facebook.com/paulorobertogeo/posts/1588201197900317?pnref=story
terça-feira, 30 de janeiro de 2018
"Eu sou a favor do assalto..."
(Marcia Tiburi - ''''Filósofa'''' e militante de esquerda)
Sou fascista e não sabia.
EDUARDO AFFONSO - SEMPRE IMPERDÍVEL
As palavras, a exemplo das pessoas,
mudam ao longo da vida.
Algumas mudam tanto que um dia não as reconhecemos mais.
"Vilão" era o sujeito que
vivia na vila. Em certa época, tornaram-se populares os romances nos quais
mocinhas ingênuas, camponesas, eram seduzidas por aproveitadores que,
invariavelmente, viviam em vilas e cidades. E ai o vilão passou a ser visto
como um vilão.
"Romance" já foi apenas um
tipo de literatura. Mas os romances (como esses das mocinhas e vilões) eram tão
açucarados e sentimentaloides que os relacionamentos amorosos também passaram a
se chamar "romances".
"Fascista" foi, até a primeira
década deste século, um radical, totalitário, nacionalista - de preferência
tudo isso junto.
Fascistas eram Mussolini, Salazar, Franco, Plínio Salgado e os que os seguiam,
curtiam e compartilhavam de suas ideias.
Hoje, fascista é todo aquele que se
opõe a um projeto hegemônico (radical, totalitário) de poder.
Fascista é quem recusa que o Estado venha lhe dizer como falar, do que rir, o
que dizer, o que lacrar.
Fascista é quem recusa a tutela do
politicamente correto.
Fascista é quem desafina o coro dos contentes com o controle da mídia, dos
costumes, do Judiciário, dos meios de produção, da educação, do pensamento.
É fascista o motorista que te dá uma
fechada no trânsito, o árbitro que marca um pênalti contra o seu time; fascista
o professor que te pega colando, fascista o ascensorista que te diz para
esperar o próximo porque não cabe mais ninguém no elevador.
Fascista é todo aquele que te
frustra, questiona, trola; todo aquele que diverge, desvia, contraria; todo
aquele que te desconcerta.
O fascista tem que estudar História
– não sabe reconhecer um golpe, não detecta uma fraude.
O fascista não compreende que o assalto pode ser a reação justa, dentro da
lógica interna do processo, de um indivíduo contaminado pelo capitalismo.
Não percebe quando a bunda é sujeito e quando a bunda é objeto – muito menos
que um magistrado, ao decidir contra os interesses que você defende, se torna
um sujeito abjeto.
Somos todos fascistas: os que
relativizamos a noção de que absolutamente tudo seja relativo; os que achamos
que “democracia de alguns, para alguns, por alguns” não faz nenhum
sentido.
Os que sabemos que nem todo vilão é vilão, que nem todo romance é digno de um
romance, que “fascista” costuma ser tão somente o antagonista de um fascista.
(#somostodosfascistas:
do ativista do “Escola sem partido” ao fascista da escola de samba).
A DIFERENÇA ENTRE SER CONTAMINADO PELO COMUNISMO E SER CONTAMINADO PELO CAPITALISMO. Valeu, Marcia Tiburi! (PauloGeo)
A DIFERENÇA ENTRE SER CONTAMINADO PELO COMUNISMO E SER CONTAMINADO PELO CAPITALISMO. Valeu, Marcia Tiburi! (PauloGeo)
"Eu sou a favor do assalto. Não… eu penso assim: tem uma lógica no assalto: eu não tenho uma coisa que eu preciso, eu fui contaminado pelo capitalismo (…). Se você vai olhar a lógica interna do processo, sabe que isso seria justo, dentro de um contexto tão injusto."
(Marcia Tiburi - ''''Filósofa'''' e militante de esquerda)
"Eu—Entenda porque eles continuam do lado do Lula. 'Se Ele precisa de uma 'coisa' para viabilizar um projeto que eles consideram justo, o fim justifica os meios.
Está é a lógica desses psicopatas.
Dentro desta lógica, Lula será sempre inocente, não importa o que faça."
sábado, 27 de janeiro de 2018
"Há muito a dicotomia ideológica e de classes foi estabelecida" (Michele Prado)
"Socialismo: segregar => enfraquecer =>
dominar."
"Há muito a dicotomia ideológica e de classes foi
estabelecida" (Michele Prado)
É a doutrina do ódio, da inveja e do vitimismo disfarçada de
discurso “politicamente correto” como pretexto para a tomada de poder.
Imagens exclusivas do momento em que Lula descobre que foi condenado pelo TRF-4
Recado de uma cubana para os esquerdistas brasileiros
"Recado de uma cubana fugida para o Brasil, para
quem...? Para os esquerdistas [brasileiros] (comunistas) que pensam saber mais
da ditadura cubana do que os próprios cubanos." (Janice Valgoi Spinelli)
"Há muito a dicotomia ideológica e de classes foi estabelecida" (Michele Prado)
"Eles, "do lado de lá", invadem, tomam pra si, roubam, assassinam, queimam pneus, bloqueiam ruas e estradas, paralisam produções e serviços, depredam patrimônio público e privado, inviabilizam, usurpam, tentam a todos os custos e meios prejudicar a nós, "do lado de cá" que, seguimos empregados ou empregando.
Empreendendo, tra-ba-lhan-do, absorvendo conhecimento e produzindo, nos locomovendo, fazendo a roda girar, a economia acontecer. Provendo nosso próprio sustento, e o deles "do lado de lá". Com dificuldades, mas seguimos.
Eles, "do lado de lá", continuam vivendo e agindo às custas do dinheiro gerado pelo trabalho alheio, por nós "do lado de cá". Nunca por um só centavo gerado honestamente e pelo suor deles próprios. Seguem produzindo discursos e protestos, sempre virulentos, e vandalizando, atentando contra nós, "do lado de cá", e contra a nação brasileira.
E nós, "do lado de cá", seguimos construindo, edificando, per-sis-tin-do.
Eles, "do lado de lá", seguem destruindo, prejudicando, violando e vi-o-len-tan-do... Mas apesar dos pesares, seguimos vencedores; reformando os estragos e avançando em nossas novas conquistas, seguindo nossas vidas, apesar dos pesares...
Eles seguem fracassados, ressentidos e criminosos impunes, autoproclamados vítimas de males menores que os males que nos promovem.
O Brasil vive isso: eles, "do lado de lá". E nós, "do lado de cá". Onde os primeiros invadem constantemente o espaço dos segundos.
Há muito a dicotomia ideológica e de classes foi declarada e estabelecida.
E quem digao contrário é uma besta quadrada, e com rebarbas no cérebro."
Ou só mais um cretino mesmo.
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
“NEGRO ‘PAI TOMÁS’ do PT: te metem uns grilhões sócio-econômicos...
“NEGRO ‘PAI TOMÁS’
do PT: te metem uns grilhões sócio-econômicos p/ que vc sempre dependa deles,
te botam p/ morar numa senzala (casa popular), te dão uma das piores educações
do mundo e um país com 60 mil assassinatos/ano; depois te subjugam com discurso
populista. E vc agradece.”
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1582738385113265&set=a.150505785003206.44207.100001313560025&type=3&theater
MARIA AMÉLIA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE — 1ª médica de PE (1892), mestiça e bisneta de José Marques, 1º médico negro do Brasil
Por que o Movimento Negro só fala em Zumbi, Dandara..., mas ignora completamente negros ilustres como essa e tantas outras?
E se imagens positivas de homens negros e mulheres negras fossem a norma nos meios de comunicação social?
Por que não é a norma?
Com certeza existem muitos mais exemplos como este. Já postei muitos. Na moral, na raça, no exemplo, no poder, sem mimimi. (PauloGeo)
#NegroSucesso
#SemVitimismo
#CadêHomenagemMovimentoNegro
#ÁfricaSemMimi
#ImagemPositivaEtniaNegra
MARIA AMÉLIA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE — 1ª médica de PE (1892), mestiça e bisneta de José Marques, 1º médico negro do Brasil. Foi aluna do grande Tobias Barreto, poeta e filósofo (negro também), que pleiteou ante à assembléia provincial, a permissão para que ela pudesse estudar.https://t.co/gQmOOOuoHB
(Paulo Cruz - @paulocruzphi)
Assinar:
Postagens (Atom)