“O histórico de desastres do socialismo é tão óbvio, que somente um intelectual poderia ignorá-lo”, disse Thomas Sowell.
Infelizmente, já virou lugar-comum falar sobre a tragédia que está ocorrendo na Venezuela, em que a escassez e o desabastecimento gerados pelas políticas socialistas do governo estão fazendo crianças morrerem como moscas em hospitais, mulheres saírem no braço para conseguir um pacote de arroz, e homens terem de se rebaixar à primitiva atividade de caçar cachorros e pombos nas ruas para ter do que se alimentar. A população perdeu quase 10 kg em um ano.
Relativamente bem conhecida é também a história da fome na China sob a ditadura comunista de Mao Tsé-Tung, em que famintos chineses tiveram de comer seus próprios filhos.
Já bem menos divulgada é a dantesca inanição que acometeu os ucranianos na década de 1930 sob a ditadura de Stálin, cujo Holodomor provocou 14,5 milhões de mortes. E ainda menos comentado é o extermínio de quase 40% da população do Camboja pelo Khmer Vermelho de Pol-Pot, que assassinava crianças com baionetas.
No entanto, todos esses exemplos ainda são mais conhecidos do que a tragédia de proporções bíblicas geradas pelo socialismo africano.
Quem ainda se lembra, no início da década de 1980, das imagens (fortíssimas) de crianças famintas na Etiópia? Crianças totalmente desnutridas, mas com as barrigas inchadas pela Kwashiorkor, e olhos cobertos de moscas.
Elas eram as vítimas inocentes das políticas econômicas do Derg - um grupo de militantes marxistas que havia assumido o controle do país e implantado um programa de estatização de empresas e propriedades, controle de preços, e proibição do comércio de cereais.
Entre 1983 e 1985, aproximadamente 400.000 pessoas literalmente morreram de fome no país. Enquanto isso, o governo direcionava o equivalente a 46% do PIB em gastos militares (um governo comunista precisa de um exército forte para lhe dar sustentação).
E no Zimbábue? Em 1999, o ditador marxista Robert Mugabe decidiu implantar um programa de "reforma agrária". Propriedades rurais privadas foram estatizadas e todos os agricultores e empreendedores não nascidos no continente africano foram expulsos.
O resultado foi um completo colapso da produção agrícola. A escassez de alimentos fez com que os preços subissem continuamente, gerando a ideia de que estava "faltando dinheiro" para as pessoas adquirirem alimentos.
Ato contínuo, o governo teve a ideia de simplesmente imprimir dinheiro para contrabalançar essa "escassez" de dinheiro. Como consequência, o país vivenciou a segunda maior hiperinflação da história, a qual alcançou módicos 79.600.000.000% (setenta e nove bilhões e seiscentos milhões por cento) ao mês, o que dava uma taxa de 98% ao dia.
Já o desemprego chegou a humildes 94%.
Milhares de zimbabuenses morreram de inanição e de doenças relacionadas à desnutrição, apesar de o país ter sido o destinatário de maciços programas de ajuda internacional.
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