(Monarquia Brasil)
HÁ EXATOS 227 ANOS MARIA ANTONIETA, RAINHA DA FRANÇA, ERA GUILHOTINADA PELA REVOLUÇÃO FRANCESA.
Durante todo o percurso de Maria Antonieta à guilhotina, milhares de pessoas se avizinhavam, enquanto a escolta dava gritos de “Abri caminho para a austríaca!” ou “Vida longa à República!”. Outros mais maldosos, como o ator Grammont, que conduzia a cavalo a procissão, disse: “Ei-la, a infame Antonieta, ela está acabada, meus amigos!”. Entretanto, houve gestos solidários, principalmente por parte da antiga aristocracia. Na ocasião, também estava presente Virieu, o enviado de Parma, onde a irmã de Maria Antonieta, Amália, era a duquesa reinante. Ele relatou que a ex-rainha “nunca frustrou, nem por um instante, a sua grande alma nem o sangue ilustre da Casa d’Áustria. Só por um momento ela fraquejou e mostrou uma emoção súbita. Foi ao ver as Tulheiras, que trouxeram lembranças do passado e dos filhos. Os seus olhos encheram-se momentaneamente de lágrimas”. Contudo, quando a condução finalmente estacionou na Place de la Concorde (antiga Praça Luís XV), ela recobrara o controle emocional e descera a carroça com facilidade.
Naquele momento, Maria Antonieta estava indiferente a tudo e todos. Nem sequer parecia escutar os brados de “Abaixo a tirania!” vindo da plateia. Ao subir os degraus do cadafalso, ela sem querer pisara no pé do carrasco Sanson, e então pedira desculpas ao mesmo. Quanto ao Abade Girard, que lhe dissera “eis o momento, Madame, de armar-se de coragem”, ela respondera com firmeza: “O momento em que meu sofrimento vai terminar não é o momento em que me vai faltar coragem”. Depois disso, a outrora Deusa da Elegância se entregara aos cuidados do carrasco. A preparação para a execução durou cerca de 4 minutos, e então, como que num piscar de olhos, a alavanca foi acionada e a lâmina da guilhotina caiu num golpe certeiro. Eram 12h15min do dia 16 de outubro de 1793, quando Sanson apanhou a cabeça ensanguentada da vítima e a mostrou para a multidão, que gritou: “Viva a República!”.
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