segunda-feira, 27 de agosto de 2018

TRUMP E BOLSONARO X CHINA, EUROPA, ONU E DITADURAS

TRUMP E BOLSONARO X CHINA, EUROPA, ONU E DITADURAS
Um Ocidente que se prostitui de maneira suicida em conjunto com a transsexualidade política.
Alguns cegos criticam Bolsonaro e Trump com o mesmo cacoete de menosprezo intelectual. Não conseguem entender que ambos são um a expressão de um refluxo histórico contra o marxismo cultural e a fragilização do Ocidente pela esquerda em flerte imoral com o islamismo e a China.
Algumas profecias cataclísmicas, aquelas sobre as quais a melhor recomendação que se pode fazer é que se acredite justamente no contrário, dizem que o PIB da China ultrapassará os EUA no em 2030. Alvoroçam-se com isto os antiamericanos primaveris, nostálgicos do romantismo maniqueísta para quem os EUA polarizavam o mal, enquanto o bem emoldurava-se com os sonhos revolucionários...Tal estado mental reinava em nossas universidades. Foram elas por largo tempo formadoras de seres pouco pensantes atrás de bibliografias do círculo planetárIo marxista.
A esquerda, hoje desmascarada como genitora de ditaduras, miséria e fascismo no sentido de seu totalitarismo abjeto, é uma esquerda que, por isto, não ousa mais dizer o seu nome. É um fenômeno curiosíssimo mas não gratuito. Eis que se você perguntar a qualquer esquerdista se ele é comunista, ele dirá que não, que isto é coisa do passado, que esta divisão está superada, que sua luta é contra o livre mercado num Estado ausente que desprotege os mais fracos, que é contra a especulação financeira, etc, e tratará o comunismo como um fóssil dos ideais do passado. Tal pessoa citará a Austrália, os países nórdicos, etc., e fincará pé dizendo que "eu não sou comunista, mas apenas socialista", numa forma bem fabiana e conciliatória...
No entanto, este novo socialista é como um transsexual político. No seu interior subsistem os mesmos órgãos, as mesmas vísceras que foram exteriormente contrariadas, exatamente como aquelas pessoas que se dizem como almas que estão num corpo diferente de seu sexo psicológico. A diferença, no entanto, é que se os transsexuais biológicos dificilmente querem se afinar com seu sexo somático, enquanto no transsexual político está apenas adormercida a sua natureza originária, que no fundo ele valoriza.
Tal suposto ex-comunista e novo socialista desperta sempre de seu sono migratório, voltando às origens, tão logo se faça possível a concretização dos velhos ideais que dizia abjurar.
Este ex-comunista empolgar-se-á com a emergência de novas ditaduras tal como dantes, aplaudirá a nova Venezuela como fez o PT, irá se alinhar com as tiranias mais cruentas quando se tratar de polarizar-se contra os EUA, revivendo sem nenhum esforço a imagem que tinha do Tio Sam como o "titã-satã do capitalismo". Sua alma ainda vibra com as bandeiras vermelhas do mesmo modo acrítico que diz ter abandonado.
O ressurgimento dos velhos regimes comunistas continua, pois, possível na ambiência das secreções internas de sua psique, de forma que aos poucos, nos costumes e valores, foi sedimentando-se o retorno deles à superfície, porém, num modo pulverizado em diversas frentes, como um id freudiano comunista que entra disfarçado na realidade, até ganhar coesão no momento propício e mostrar sua verdadeira face.
Logo, este comunista encubado seguirá defendendo aqueles tópicos mais moderados, como feminismo, ideologia de gênero, combate ao racismo, direitos das minorias, direito dos pobres a terem acesso a bens de consumo, melhor distribuição de renda, leis trabalhistas, etc, tudo numa forma inatacável sob o ponto de vista da valorização da dignidade humana e do respeito à liberdade. Noutras palavras, ele defende o "inclusivismo", como o lema mais caro do marxismo cultural, a saber, o direito de todos a serem incluídos na sociedade sem nenhuma espécie de discriminação, o que estaria perfeito, não fosse o que vem depois da curva, ou seja, a idéia de que esquerda é a representante natural de todos estes excluídos e perseguidos, devendo-se a sua exclusão a uma moral religiosa apoiadora do poder capitalista, que, é claro, os EUA representam.
Neste entorno, perfila-se o maior perigo para o Ocidente: o multiculturalismo como bandeira da purgação de culpa do "expansionismo capitalista". Nesta tonalidade libertária de inclusivismo, são tão inconscientes seus comandados que aceitam fazer concessões sobre o Estado laico e à liberdade de expressão na crítica às religiões, chegando ao cúmulo paradoxal de compaginar ditaduras religiosas que flagelam todos aqueles segmentos sociais que no ocidente eles defendem: gays, mulheres, minorias religiosas, etc.
Dentro deste quadro, é claro, sua simpatia pela ditadura chinesa não poderia faltar. A China é o grande dragão que sepultará a hegemonia dos EUA, logo, tudo lhe é permitido.
O governo petista entrou em lua de mel com a China, nela fiando-se contra o "imperialismo americano" e conduzindo o Brasil à bancarrota com sua "política comercial companheira".
Não conta, para estes comunistas falsamente moderados, que a China tenha ganhado a estatura atual à custa de espoliar os empregos em todo o mundo, e isto porque, dentro de seu anticapitalismo embebido num marxismo que, sendo anticientífico, sempre fracassa na predição de fim do capitalismo, desejam mesmo a debacle, a ruína do liberalismo conjugando para este desiderato todas as forças e elementos, entre eles os acima elencados.
Finalmente, em seu conjunto de ingredientes, aparece o mais dissimulado deles: o globalismo involucrado na globalização.
A globalização aparentemente seria um vetor comercial, fator de enriquecimento empresarial pelo qual todas as economias se projetariam internacionalmente, desenvolvendo-se pelo intercâmbio transnacional com a implantação de empresas nos países mais pobres ao mesmo tempo em que estes poderiam alcançar o mercado com aquilo que produziam. Neste caminho o capital é que seria favorecido. No entanto, a esquerda se apropriou muito bem da idéia fazendo dela, uma vez mais, uma estratégia de quebrantamento do poder americano. Globalizar era subtrair dos EUA a centralidade para diasporar as forças econômicas.
Pior ainda, o continente europeu, sempre ressentido para com o triunfo americano, tornou-se presa fácil destas diretivas da esquerda, terminando por estapear o maior protetor da civilização nele erguida, que eram os EUA.
Logo, a influência deste ideário subliminar foi tão corrosiva que conseguiu fazer as potências européias reféns desta configuração, a ponto de, na forma mais obtusa possível, quererem seguir na sua cupidez com a China e as ditaduras orientais, em verdadeiro suicídio econômico, político e valorativo.
Lenin profetizara que quando o capitalismo estabelecesse o comércio livre com o mundo comunista seria o fim do primeiro; ainda que de modo enviesado acertou, na medida em que tal comércio se faz com os agentes ideologicamente secundados por esta esquerda.
É neste ponto que irrompe Trump, um fenômeno de dimensão histórIca, quiçá sem comparação nos últimos 70 anos, como um contrafluxo incontornável de toda esta estrutura.
Trump socou a mesa e disse "basta!". Afirmou que não mais os EUA protegerão aquele mundo que o trai, que conspira contra a própria civilização que o conforma.
Trump, como um leão afirmativo, brada que os EUA não mais farão o jogo do livre comércio desequilibrado contra si mesmos, colocando um freio em relações assim costuradas que só encapsulam a sua derruição.
Trump declara que deixa de aderir a programas de controle ecológico e a políticas contra o aquecimento global enquanto a China em 15 dias poluir em grau equivalente ao que os EUA deixariam de fazê-lo em décadas de contenção e restrição de suas atividades industriais.
Trump acendeu a luz e disse à China, que antes o denominou como tigre de papel, bem como à Europa, que o mercado americano, tão cobiçado por todos, basta a si mesmo, de maneira que para permanecer nele é preciso uma balança comercial equitativa.
Trump deixou de dar dinheiro para terroristas como o Hamas e fechou a torneira do dinheiro americano para as nações parasitas que contra ele votam todo tempo, na ONU, que tornou-se um reduto destas políticas saboteadoras.
Neste panorama, Trump estreitou laços com os seus aliados e reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, dando um tapa na cara do antissemitismo europeu e das diplomacias que se orquestram para debilitar continuamente os EUA.
O crescimento econômico da China já cessou e com as medidas de Trump a tendência é cair mais ainda.
A Europa, por sua vez, se não for essa velha prostituta, entenderá que barrar igualmente a China é o melhor caminho. Os europeus não compreendem que a aliança com os EUA era sua melhor opção, como guardião do mundo livre. Preferiram tentar negociar com os inimigos dos EUA para lucrar e a fatura desta escolha será alta. Esperta, como sempre, foi a Inglaterra que escolheu o lado certo, ou seja, os EUA, antes de tudo. Enquanto isto os ditadores servem-se de idiotas úteis como os líderes europeus.
Bolsonaro integra este horizonte que Trump descortinou quando fala que abandonará o viés ideológico no comércio e critica duramente a China.
Se você, leitor, ainda pensa que esta afirmação de Bolsonaro é apenas uma bravata desprovida de maiores fundamentos, é porque você pouco entende do giro que a história está cursando.
Se você pensa que Trump e Bolsonaro são personalidades produtoras de história, e não as vozes de um ciclo que simplesmente se manifesta mediante estes personagens, se você ainda desconhece as diversas teorias da história nas quais, desde Agostinho a Hegel, passando por Spengler, Habermas, e outros, advogam que a história se faz com forças e tensões culturais que estão muito além dos personagens, é porque você é um cego que visita um museu.
Aliás, o próprio Marx, no seu materialismo dialético, concebeu a história como um movimento coletivo de classes, mas, paradoxalmente, a inteligentsia neste momento parece estar num hiato paralisante, esquecendo das lições de seu mestre quando tenta desconstruir os personagens pensando que com etiquetas e diminuição dos atores fará intervenção nos processos sociais.
Enfim, se você é um desses que ficar a rir de Bolsonaro, não está entendendo mesmo nada do que está se passando enquanto se deixa levar pelo abano de uma mídia que passou a personificar o fim do jornalismo, agora muito mais enganado do que enganoso, tornando-se ela seu companheiro de quimera e desvio quando insiste em lutar, debalde, contra a realidade que se apresenta, em vez de sobre ela informar como seria sua função.
Félix Soibelman
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